Dias de Festa

Crônicas e poesias constantes de meu livro "Dias de Festa"

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Location: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

Tenho um espaço em branco a ser preenchido. Nossa! Isso ao mesmo tempo em que intimida, me move. Divido com páginas em branco meus pensamentos. Mas não me basta dividir pensamentos, tenho que organiza-los e isso intimida, mas não a ponto de me fazer desistir. Escrevo simplesmente o que me vem à cabeça. Olho pra tudo que escrevi e muitas vezes acho graça. Quanta bobagem! Aí é que vem o melhor. Ter de organizar tanta bobagem! E sabe que até se tira proveito de algumas??? É, muitas bobagens sérias me vêm à cabeça e estão sendo organizadas e publicadas aqui, são parte do meu livro: “Dias de Festa”. E já têm outras bobagens alinhavadas. Espero poder dar conta das coisas que tenho em mente. Bobagens? Não, nunca! São sonhos a serem realizados. Quem eu sou? Uma idealista. Profissionalmente, uma publicitária de formação metida na área de comunicação, em qualquer setor. Aqueles que possam extrair de mim, o melhor de mim. "Dias de Festa", são crônicas e poesias do meu livro. "Com Textos", são meus textos de um contexto onde estou inserida, em dias nem sempre de festa. "Juntou" tudo e eu vou jogando aqui, quando não sei exatamente onde jogar, ou como jogar.

Sunday, April 15, 2007

Em Coro


Oh, moço, esse ônibus vai pro terminal da Trindade?
O ônibus inteiro ouviu a pergunta e quase respondeu em coro,
Ah não, pensei, em coro não! A essa hora da manhã, em coro? Não, por favor!
Parece que ouviram minhas preces, e o moço, somente o moço respondeu
Mas ela não se contentou e três quadras depois...
Oh moço, esse ônibus vai...
Aí, dois já resolveram responder
Eu, um tanto irritada, fiquei quieta
Mas o trajeto era longo...
Oh moço...
Quatro responderam
Eu continuava quietinha,
Mas a viagem parece que justo nesse dia, não tinha mais fim
E ela insistia e cada vez mais gente respondia
Em coro!
E quando chegamos no terminal da Trindade fui obrigada também a fazer coro:
- É esse o terminal, DONA!
- Da trindade? Pergunta ela.
Desisto e sigo apressada para pegar o terceiro ônibus, rumo a minha labuta diária
E na volta pra casa, quando esse assunto já estava esquecido, naquele último ônibus, eu ouvi:
- To no latão!
O garoto falando no celular ( celular, aquele que a gente divide parte da nossa vida com todo mundo)
Mas, o interlocutor dele parece que não entendeu muito bem o que ele disse
- To no latão! Repete o garoto.
Fecho os olhos, afinal esse é o sexto latão da minha longa jornada...
(desnecessário dizer o que deveria ser)
E quando penso que a história do latão está definitivamente encerrada, ele, o garoto do celular repete a famigerada frase
Desisto! Desisto de ficar tão quietinha e levanto para o incentivo:
- Vamo lá gente, vamo lá: Tô no latão!
To no latão! Dizem todos. Em coro!
Estamos todos no latão!
Deu pra entender, ou ta difícil???
Latão é assim mesmo, ninguém entende nada, mas todo mundo fala em coro (cada um uma coisa, mas em coro)
Um burburinho só!

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